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No ano de 1817, um alemão chamado Karl Drais apresentou uma invenção que revolucionaria a mobilidade urbana: a bicicleta. Não havia ainda os pedais, mas a ideia de um veículo leve, à altura do solo e capaz de transportar uma pessoa mais rapidamente do que a andadura era uma verdadeira revolução.
A "draisina", como ficou conhecida, era um veículo de duas rodas movido a força dos braços e do equilíbrio do corpo. A invenção de Drais foi o ponto de partida para o desenvolvimento da bicicleta moderna, que hoje é usada em diversas modalidades esportivas e de lazer em todo o mundo.
Na época, a bicicleta era conhecida como "cavalo de ferro" ou "cavalo de mão", e foi vista como um símbolo de status e riqueza. A elite europeia adotou o veículo como meio de transporte, e as mulheres, especialmente, viram nele uma oportunidade de ganhar mais liberdade e independência.
No Brasil, a bicicleta chegou em meados do século XIX, trazida por imigrantes alemães e ingleses. Inicialmente restrita às elites, a bicicleta foi gradativamente se democratizando, tornando-se um objeto de desejo das classes médias e, posteriormente, também das classes trabalhadoras.
Hoje, a bicicleta é muito mais do que um meio de transporte. Ela é símbolo de sustentabilidade, saúde e qualidade de vida. Com o crescimento do movimento de ciclovias amigáveis às cidades e às pessoas, andar de bicicleta tornou-se uma atividade prazerosa e desestressante, recomendada para todas as idades e condições físicas.
Em 2021, a bicicleta completa 204 anos de história e inovação. E ainda há muito a percorrer neste caminho sinuoso e emocionante.